Liberando o controle no ritmo da música

Tentar ter controle de tudo é uma crença que tem o potencial de limitar muito a vida.
A auto-observação, se permitindo parar por alguns minutos, é uma forma de liberar o controle em algumas situações e de, consequentemente, tornar a vida mais leve.
Uma maneira simples que eu faço isso é colocando um álbum de músicas que gosto para relaxar.
Deito-me na rede e começo a respirar com consciência, mas sem controlar o ritmo da minha respiração, liberando o controle no ritmo da música.
Os pensamentos vêm, mas vou me deixando estar no momento presente.
Quando nos permitimos parar e nos aprofundar para dentro de nós mesm@s, somos capazes de escutar o que, no dia a dia, não conseguimos escutar.
Relaxando, paro para ouvir mais atentamente as músicas que vão tocando e percebo os instrumentos de fundo que não prestava atenção antes – o violino, a percussão - tudo tão sincronicamente tocados, realçando o piano, o instrumento mais superficial.
Quando estamos imersos nas atividades do dia a dia, concentrando-se mais no externo, nossos sentidos são utilizados superficialmente, nos dando uma percepção limitada da realidade.
Quando nos permitimos nos aprofundar em nós mesm@s, ao voltar às atividades do dia a dia, trazemos as percepções que captamos no momento de introspecção, ampliando nossa visão na nossa vida cotidiana.
Assim, somos capazes de ver a beleza das experiências, do mundo, das pessoas e, principalmente, de nós mesm@s.
Liberar o controle não é deixar tudo pro ar descontroladamente. Também não é esperar um resultado “positivo”.
Mas permitir o fluxo dos acontecimentos de forma mais apropriada para si.
Pode ser que a mente não consiga, a princípio, interpretar os "benefícios".
Mas uma coisa é certa: liberar o controle é se permitir se aprofundar em si mesm@.
E isso, por si só, é um privilégio e uma benção.